sexta-feira, 17 de junho de 2011

parla aí

Maria Fernanda Cals

alma black metal

a guitar do Impacto Profano, Trinnity e Vociferatus

(parte um - entrevista por Porão)

A presença feminina no metal extremo nacional vem se impondo com algumas representantes de peso e com bastante conhecimento de causa. E nada a ver com papeis coadjuvantes isolados. Alguns conceitos metálicos foram sublinhados por Maria Fernanda - Mafe para os íntimos - algumas conclusões podem ser conferidas abaixo.

MP: Entre a extinta Trinnity, o Impacto Profano e o Vociferatus há outras bandas na sua trajetória até então?

MF: Primeiro de tudo, a Trinnity não é mais extinta, felizmente! :) Estamos fazendo alguns ensaios e a ideia é voltar aos palcos ainda este ano. A formação é praticamente a mesma de 2004/2005, com a única diferença de agora a Ana de Ferreira ter assumido as baquetas. Fora as 3 bandas que você citou, eu tenho um projeto que infelizmente anda bem parado por total falta de tempo.

MP: Só curte sonoridades sombrias? Quais as suas bandas prediletas?

Impacto Profano

MF: Diria que minhas bandas favoritas são Opeth, Katatonia, Behemoth, Marduk, Pain, Hypocrisy, Immortal, Keep of Kalessin, dentre muitas outras.

MP: O que pensa da presença feminina na cena metálica extrema atual?

MF: Sou fã e apoio muito minhas colegas musicistas de heavy metal. Fico feliz de saber que cada vez mais há garotas tocando e fazendo parte de bandas. Vejo com frequência bandas em que pelo menos um dos integrantes é mulher, o que me surpreende positivamente. O cenário está mudando e as mulheres estão mostrando todo o seu potencial.

MP: Curte Bolt Trower? Tá ligada na baixista?

MF: Sim, a Jo Bench! Tenho um disco do Bolt Thrower, o "Mercenary". Boa banda.

MP: Você estuda magia negra ou leva mais a sério essa temática satanista? Ou é apenas uma coisa das bandas e fica por ali mesmo?

MF: O Impacto Profano tem uma abordagem lírica satanista/luciferina. As letras são todas escritas pelo Lord Anti-Christ, baterista e membro fundador da banda. Eu sou uma estudiosa de tudo, inclusive de ocultismo.

MP: Creio que o Impacto Profano seja sua banda principal e mais importante...poderia falar sobre a banda?

MF: Todas as minhas bandas têm uma importância equivalente pra mim. São como filhos: não se gosta mais de um ou de outro, mas sim de maneiras diferentes, rs. O Impacto Profano foi a minha "volta" ao mundo musical depois do hiato deixado após o fim da Trinnity. Eu aprendi e ainda aprendo muito com o Impacto Profano, que é uma banda que já tem bastante estrada, pois existe desde 2001. Cada show é uma nova conquista e muitas coisas boas têm acontecido na carreira do grupo, e a ideia é, ainda esse ano, lançar nosso debut, que vai vir rasgando!


continua ...

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