quarta-feira, 5 de outubro de 2011

cine noia - Traços de Basquiat por Flávio Pettinichi

Sei que muitos vão ficar p.... da vida comigo, mas é o que eu penso! Assisti ontem o filme, depois de me negar a isso durante anos, “Basquiat, traços de uma vida”  (A história de Jean-Michel Basquiat (1996), interpretado por Jeffrey Wright, que começou sua carreira de artista morando nas ruas de Nova York e se tornou nome importante da arte contemporânea. Ainda nas ruas, Baquiat conhece o célebre Andy Warhol (David Bowie), mostra-lhe suas pinturas e consegue sua ajuda para entrar na alta roda do mundo das artes. Mas sua trajetória, que inclui romances, drogas, rebeldia, crítica e desprezo ao dinheiro, termina rapidamente, com sua morte aos 27 anos, em 1988.)

Filme difícil, como eu já imaginava, detesto quando os diretores enchergam todos os artistas como se fossem Van Gog, mas enfim, assisti todo, o elenco prometia muito, a não ser D. Bowie, num papel meio que caricato de A. Warhol, mas tudo bem, o filme ainda continuava prometendo .


Entender a mente de um artista, plástico? É uma tarefa brava, não poderia ser diferente com Basquiat, que tendo uma infância de subúrbio, loucura, abandono e tudo mais, incluindo uso abusivo de drogas, ainda por cima decidiu virar artista.

Talvez o diretor quisesse retratar uma verdade inconveniente, isto de transformar em celebridade alguém que teve um arroto criativo e agora tem que arrotar a cada cinco minutos, não que eu ache que a obra dele seja ruim, nem teria fundamentos para achar nada sobre arte.

Sou um observador das entrelinhas e não pude deixar de observar como a sociedade manipula um sujeito até fazer dele uma espécie de marionete sem destino.Se Basquiat era ou não artista, isto só o tempo dirá daqui a 500 anos, 5 anos de trajetória não fazem de ninguém um artista, mas o que posso dizer é que os urubus do sistemático comércio das artes sempre saberão o que estão fazendo.

Na época que este artista foi lançado ao céu da gloria os Estados Unidos colocaram dentro da Cartola do comercio que a ARTE era um bom negócio e se fosse marginal mais ainda: "artista bom é artista morto, meu marchand ainda espera que eu morra um dia.

Bom, teria muito para dizer, mas o que posso "tirar a limpo" é : você estará sempre condenado ao seu destino, independente de ser artista ou não e como já falou alguma vez A. Warhol, “ todos terão seus dez minutos de fama...” e não foi diferente com Basquiat! 

Flavio Pettinichi – 
Obs. Gosto muito dos traços pictóricos de Basquiat!

farte-se:
http://www.youtube.com/watch?v=sXMJmU-M9sM

Nenhum comentário:

Postar um comentário