Until the Light Takes Us, dos diretores Aaron Aites e Audrey Ewell, é um documentário americano de 2009 sobre o black metal norueguês. Independentemente de gostar ou não de black metal, podemos dizer que tem uma abordagem bem interessante, honesta e clara, de como, quando e por que surgiu esse som originário das terras nórdicas. Black Metal segundo os autores, fãs e músicos, vai muito além de idolatrar o capeta e desfilar de pentagrama no peito, o que por sinal não tem nada haver com o black metal original, de acordo seus criadores.
Com depoimentos de nomes conhecidos na cena como, Varg Vikernes (Burzum), Fenriz (Darktrone, Storm etc.), Olve “Abbath” Eikemo (Immortal), Kjetil “Frost” Haraldstad (Satyricon e Keep of Kalessin) entre outros, possui mais ou menos 90 minutos, ganhou prêmios e foi indicado em festivais de respeito nos Estados Unidos.
Sempre cercado por polêmicas, do assassinato de Euronymous (ex guitar do Mayhem) à queima de igrejas, o que não falta é assunto sobre o black metal norueguês , sobretudo para os detratores do estilo. Por essa razão, Until the Light Takes Us é tão importante focando principalmente em Fenriz que é mostrado no seu dia a dia e Varg que foi entrevistado ainda na prisão. É interessante perceber os diferentes pontos de vista de ambos, contrastantes na maior parte do tempo. O baterista do Darkthrone surge como um indivíduo solitário, enigmático e soturno. Já Varg, dono de um extremo carisma, conta sua versão dos fatos, muitas vezes desmentida por outros músicos entrevistados, que o enxergam muito mais como um personagem excêntrico do que qualquer outra coisa.
Until the Light Takes Us é uma experiência densa e perturbadora, como o próprio black metal em sua essência. Por isso mesmo, recomendado para entender melhor um dos capítulos mais obscuros da história do heavy metal.
Porão
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