O Lado Bom da Vida, o livro, não vendeu horrores mundo afora e é o primeiro livro do autor. Indo mais além, seus protagonistas sofrem de um certo, digamos, problema mental. Ou seja, tirando o seu nome, o otimismo em relação ao desempenho da adaptação cinéfila passa meio longe, né? Mas é aí que está a graça! Por conta de algumas atitudes erradas que deixaram as pessoas de seu trabalho assustadas, Pat Solitano Jr. (Bradley Cooper) perdeu quase tudo na vida: sua casa, o emprego e o casamento. Depois de passar um tempo internado em um sanatório, ele acaba saindo de lá para voltar a morar com os pais. Decidido a reconstruir sua vida, ele acredita ser possível passar por cima de todos os problemas do passado recente e até reconquistar a ex-esposa. Mas seu temperamento ainda inspira muitos cuidados. Ele conhece Tiffany (Jennifer Lawrence) num jantar de amigos. Uma mulher também muito problemática que provoca mudanças em seus planos. Para o filme, a história criada por Matthew Quick é adaptada e dirigida por David O. Russell (O Vencedor). O roteiro é diferente, mais objetivo e funcional, soando previsível. O fato de ser estrelado por dois atores talentosos e em crescimento (Bradley Cooper e Jennifer Lawrence) ajuda, mas as atuações deles e de Robert De Niro são apenas boas. Misturando elementos distintos como futebol americano, apostas, literatura, manias e remédios para depressão, a estória apresenta duas figuras bem diferentes que de igual possuem, talvez (e ainda), a vontade de viver. Adicione o bom humor dos diálogos (quase obrigatória) e você realmente assimila o lado bom da vida, como Pat, sempre confiante em uma nova chance.
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