quinta-feira, 2 de maio de 2013

Pérolas na Estrada

Na semana passada acabei dormindo mais do que devia e perdi a carona com um brother fotógrafo que trampa comigo em Macaé e com quem costumo ir de carro. Bem, o que se há de fazer ? Lá vou eu para o ponto mas devidamente munido de meu netbook recheado que coisas recém adquiridas no acervo de amigos. A banda em questão, para encarar o perrengue de quase duas horas no transito: Uriah Heep! E escolhi um disco um tanto quanto estranho - Conquest - de 1980.

 
Apesar de ter recebido críticas modestas, os seguidores da banda afirmam que Conquest é o pior disco do Uriah Heep. Bem, uma coisa é certa: é um trabalho bem comercial e muito do experimentalismo tradicional da banda com aqueles backing vocals maravilhosos do tecladista Ken Hensley foram adaptados em favor de uma fórmula mais pop. Certas faixas nem aludem a uma banda de hard rock, progressivo que era o contexto dos anos 70 para o Uriah Heep. Uns refrões melosos, um execelente disco de pop hard se é que é possível isso. Em rápida pesquisa descobri que, na época, a gravadora nem quis se arriscar em lançar Conquest na América e por esse motivo o público americano (inclusive o brasileiro) teve muita dificuldade para o importá-lo, de modo que o sucesso do disco com certeza não pode ser medido apropriadamente em 1980.
Conquest, foi o primeiro com o vocalista John Sloman (ex-Trapper, Pulsar e Lone Star) e sem os compositores John Lawton (vocal) e Kerslake Lee (bateria) e apesar de não ter sido bem recebido pelos tradicionalistas, novos fãs surgiram e até vendeu bem.
John Sloman (vocal, piano), Mick Box (guitarra e dono da banda indiscutivelmente), Ken Hensley (guitarra, teclado, backing vocals), Trevor Bolder (baixo), Chris Slade (bateria) são os responsáveis pela obra que, independente de qualquer polêmica, tem umas faixas bem legais como 'Imagination", 'No Return', 'Carry On', 'Won't Have to Wait Too Long' e a baladona 'Feelings'! Uma audição nos dias de hoje, livre dos preconceitos existentes na época, podem nos levar a discordar das avaliações antigas.
O fato é que uma hora e vinte minutos de estrada foram atravessados de forma prazerosa: curti Conquest e pegando carona no nome, foi mesmo uma conquista ter conseguido interpretá-lo de forma otimista.
por
Porão

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