Cidade Cinza é um trabalho de sete anos do diretor Marcelo Mesquita que começou como registro do trabalho de artistas de rua de São Paulo como Nunca e Osgemeos, que viram seus grafites por muros, paredes e pontes de São Paulo ganhar o mundo como arte legítima, evoluindo para um universo paralelo em que a prefeitura paulista cobre de cinza os muros que considera “sujos”. Mostra uma cidade que perde sua cor e (tenta) debater sobre a quem pertence o espaço público e até que ponto o poder – independente de partidarismose mantém firme em sua postura tantas vezes equivocada. Vai de encontro (às vezes ao encontro também como o documentário faz questão de expor) com a voz das ruas.
O ponto central é um mural de 700 metros quadrados, na alça de acesso da avenida 23 de maio, que foi apagado pela administração pública em 2008. Com a atenção da mídia e o protesto da elite cultural paulistana, o prefeito Gilberto Kassab ( o então naquele momento), admitiu o “equívoco” de 700 metros quadrados”, (cfe. questionamento de Nunca), e um novo mural foi pintado em conjunto. A “reinauguração”, com direito a muita demagogiapor parte dos donos do poder, que praticamente ignoram as palavras dos artistas ao posar para as câmeras da imprensa, é o ápice captado pelas lentes de Cidade Cinza.
Grafite ou pichação, sujeira ou arte? Secundárias questões, afinal São Paulo não compreende artistas desse porte ou é uma cidade cuja vocação é para a frieza do concreto - Cinza - ?
Não há respostas na tela e certeza somente de que de cinza basta a chuva.
pesquisas de informações obtidas em vários sites especializados em cinema e hip hop - realizadas por Porão
Não há respostas na tela e certeza somente de que de cinza basta a chuva.
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