terça-feira, 13 de maio de 2014

o papo é Blues Etílicos - quarta parte

BE no Macaé Sobre Duas Rodas - Macaé - 2012 by Maurício Porão
Mais um pouco de aprendizados, revelações e constatações com o boa praça Otávio Rocha - um dos guitarristas do Blues Etílicos - que é , sem sombra de dúvidas, um dos músicos mais interessantes e estimulantes do Brasil.

entrevista e fotos por Porão

Porão - Você é auto didata ou fez alguma escola especial? Acha importante um aprimoramento mais técnico para a sua música?

 Psicodália - Reveillon de 2012/2013 - Rio Negrinho SC
Otávio Rocha - Sou basicamente auto didata sim! Quando comecei, só queria tocar blues, e como não havia internet nem ninguém dando aula, tive que aprender na marra. O que pra se tocar blues é ate importante porque trata-se de um estilo que usa muito mais a parte escura da lua do que o brilhante sol do racionalismo. No entanto, acho que pra um cara ser musico o estudo é importantíssimo, e nesse processo tive aulas com o guitarrista Alexandre Valadão e com o pianista Tomas Improta. Claro que blues tem regras, muitas, mas se você não tiver a intuição pro negócio, fica bem mais difícil de tocar direito. Não é necessariamente bem, mas direito, ou seja, tocar o que a musica pede.

Porão - Em todas as vezes que assisti ao BE, fiquei impressionado com a vibe! Ainda rola nervosismo com certo tipo de publico e/ou Festival?

Otávio Rocha - O Blues Etílicos goste ou não, tem uma coisa realmente difícil de se achar, que é o fato de ser uma banda orgânica que toca junto desde 1987! Isso não tem como conseguir por download, nem ensaiando 25 horas por dia. Quando falo uma banda orgânica, me refiro ao fato de a banda ter sempre espaço para o inesperado; o que não estava no script, é quase como se fosse um organismo vivo com vontades próprias. Além disso, sempre fomos uma banda pouco tradicional, que busca elementos diferentes para o seu som. Isso, desde o inicio: em 92 gravamos o reggae blues Pelicano, que hoje em dia ninguém se surpreende, porque todo mundo mistura tudo; mas na época, aquilo era uma coisa bem fora do universo de uma banda de blues rock. Acho que isso  ajuda a manter a banda sempre esperta e na ativa até hoje, capaz de fazer com que numa boa noite, façamos o lugar se ligar, atingindo pessoas de 7 a 77 anos (parodiando o slogan do TinTin, rs)

se liga na prosa na íntegra:
http://faith-on.blogspot.com.br/2014/05/otavio-rocha-o-cara-das-bases-o-papo-e.html

continua...

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