O Napalm Death retornou ao Rio e ao Circo Voador, dessa vez como coadjuvante de uma banda bem mais nova e não necessariamente do mesmo estilo - Haterbreed (nada contra mas o Faith só se interessou mesmo pelo show do Napalm - uma das bandas de cabeceira do editor deste blog que mais uma vez "sugou" o texto do Brag´s - de seu www.rockemgeral.com.br - que já deve estar cada vez mais puto. Ele já disse que não, mas sempre rola uma desconfiança; Porém, afirmo: choro de emoção toda vez que leio algo do "maluco". Juro!
texto introdutório por M.Porão
Injustiçado como banda de abertura, Napalm Death reafirma vocação para a podridão em show barulhento e urgente no Circo Voador.
texto introdutório por M.Porão
Injustiçado como banda de abertura, Napalm Death reafirma vocação para a podridão em show barulhento e urgente no Circo Voador.
texto de Marcos Bragato
foto: Daniel Croce
https://www.facebook.com/daniel.shaka?fref=ts
Set list completo
1- Multinational Corporations
2- Silence Is Deafening
3- Everyday Pox
4- The Wolf I Feed
5- Unchallenged Hate
6- Suffer The Children
7- When All Is Said and Done
8- Errors in the Signals
9- Human Garbage
10- Success?
11- On the Brink of Extinction
12- Social Sterility
13- Protection Racket
14- Mass Appeal Madness
15- Scum
16- Life?
17- Deceiver
18- The Kill
19- You Suffer
20- Nazi Punks Fuck Off
21- Siege of Power
post original:
http://www.rockemgeral.com.br/2014/09/27/ensurdecedor/
Duas músicas já tinham rolado com peso e velocidade que parecem não se superar, mas que sempre avançam o limite do bom senso. Uma delas não deixa dúvida quanto às intenções dos rapazes, já no título: o silêncio é mesmo ensurdecedor. É quando o vocalista, que mastiga arame farpado temperado com chumbinho mata rato, faz as apresentações. “Caso vocês não saibam, nós somos o Napalm Death, de Birmingham, Inglaterra”, diz Mark “Barney” Greenaway, com o típico British accent. Sim, estamos no Circo Voador na noite desta sexta (26/9) e o Napalm Death não está a fim de brincadeira, não. Trata-se da banda chave para se entender o grindcore, da qual partiu a árvore genealógica da podreira e que tem a missão de – crime inafiançável - fazer o show de abertura para o Hatebreed .
O grupo, contudo, trata de fazer a limonada e ajusta o repertório que, reduzido, cabe em menos de uma hora em 21 porradas realmente ensurdecedoras. Antes do show, os integrantes, sem roadie ou técnicos de som, aparecem na penumbra afinando instrumentos e ajeitando as coisas em um palco que nem o pano de fundo deles tem. Se de um lado a cena mostra uma triste condição para uma banda seminal como o Napalm, de outro assegura que os caras seguem com disposição para encarar as agruras do show business, e descendo o cacete sem dó, sonora e verbalmente. Não raro Barney aproveita os intervalos entre músicas para enfiar goela abaixo discursos politizados sobre homofobia, falência capitalista, repressão e outras mazelas. Não é só esporro, não.
Do disco mais recente, “Utilitarian”, lançado em 2012, são três petardos que representam bem a fase “volta às podreiras das antigas” que o Napalm vem assumindo, depois de flertar com vários subgêneros da música pesada, sobretudo o thrash/metal extremo na década de 1990. Em uma delas, “The Wolf I Feed”, é o guitarrista Mitch Harris, quase irreconhecível com um corte de cabelo juvenil, que faz boa parte dos vocais, num bom contraponto a Barney. É nessa música que ainda realça o jeitão de tocar baixo de Shane Embury, como se fosse o instrumento uma guitarra. Embury é o mais antigo integrante de uma banda que não tem mais ninguém da formação original, que data de 1981. Ele chegou a sugerir, em entrevista ao “Globo” , que uma música nova seria apresentada (“Dear Slum Landlord” tem sido tocada na atual tour do ND), já que o Napalm segue gravando o próximo disco, mas não rolou.
O tal “back to basics” assumido pelo quarteto fecha certinho com o repertório de “Scum”, o revolucionário disco de estreia do Napalm Death, e o auge dessa fase vem com cinco músicas seguidas na parte final da noite: quem piscou os olhos perdeu “You Suffer”, que, ao vivo, não parece chegar aos dois segundos (!) da versão original, gravada no disco. Com um volume a mais no PA, é de impressionar como “Deceiver” e a própria “Scum” ainda soam, quase 30 anos depois, como uma paulada na moleira, em que pese a subtração de um guitarrista, após a saída do saudoso Jesse Pintado, fazer diferença em termos de potência sonora, agora multiplicada pelo arisco Harris, que se vira para produzir a mesma quantidade de esporro.
O lote com porradas de “Scum” só é interrompido pelo tradicional cover dos Dead Kennedys para “Nazi Punks Fuck Off”, praticamente incorporada ao repertório do Napalm, que evidentemente aparece numa versão mais suja e mais veloz. Antes, músicas como “When All Is Said and Done”, colada em “Suffer The Children”, realçam uma fúria incomum a banda veteranas e um cínico Barney pede “paz e mor”, ao final. O arremate vem com “Siege Of Power”, quase uma suíte progressiva em se tratando de Napalm Death, na qual a roda de dança, que em momento algum do show parou ou deixou de ser agressiva, com direito a um gaiato de capacete com uma câmera acoplada no meio, supera o limite de velocidade determinado pelo grindcore. Mas para que tanta pressa, pessoal?
1- Multinational Corporations
2- Silence Is Deafening
3- Everyday Pox
4- The Wolf I Feed
5- Unchallenged Hate
6- Suffer The Children
7- When All Is Said and Done
8- Errors in the Signals
9- Human Garbage
10- Success?
11- On the Brink of Extinction
12- Social Sterility
13- Protection Racket
14- Mass Appeal Madness
15- Scum
16- Life?
17- Deceiver
18- The Kill
19- You Suffer
20- Nazi Punks Fuck Off
21- Siege of Power
por Marcos Bragato
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