Ah as letras! Acho que nada nacional tanto me toca musicalmente e poeticamente falando! Talvez seja por onde a Ultima Dança me seduz e me faz sobrepujar qualquer sentimento que não seja de gratidão. Precisava fazer contato novamente com aquela atmosfera peculiar e dessa vez o fiz via Marcos Guedes o tecladista mágico da banda. O destino quer...
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| UD - Festival Woodgothic 2013 - autor desconhecido - acervo da banda |
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| UD - Moto Rock Club 2014 - autor desconhecido - acervo da banda |
De quem são essas últimas letras?
Fabiano. Há algumas de Adriano e outras minhas mas a maioria é dele!
Há várias interpretações para assuntos diversos que qualquer um pode estar vivenciando! Acho interessante que elas, as letras, parecem ser meticulosamente escolhidas para determinadas sonoridades eletrônicas. Daí que você entra em cena!
Correto! Para fazer o som, primeiro analiso o contexto das letras e pergunto o motivo para a qual foi feita e o que sente o próprio quando a lê. Daí a minha parte, o meu trabalho de tentar transpor esse sentimento ou fato em uma sonoridade.
Há várias interpretações para assuntos diversos que qualquer um pode estar vivenciando! Acho interessante que elas, as letras, parecem ser meticulosamente escolhidas para determinadas sonoridades eletrônicas. Daí que você entra em cena!
Correto! Para fazer o som, primeiro analiso o contexto das letras e pergunto o motivo para a qual foi feita e o que sente o próprio quando a lê. Daí a minha parte, o meu trabalho de tentar transpor esse sentimento ou fato em uma sonoridade.
Digamos que você, assim como eu (e todos sabem disso), é um apreciador da música desesperançada do Closer do Joy Division, (entendamos Ian Curtis). Não dá um "nó na cabeça" lidar com almas alheias, perspectivas e sonhos quando se tem um ídolo tão peculiar?
Sim, admiro o trabalho e a vida de Ian Curtis. Acho interessante e até mesmo prazeroso que existam pessoas que tenham um tino ou uma personalidade fora do contexto social. Isso dá uma visão do que a sociedade atual tenta lhe exigir, o que ela tentar lhe exprimir com o passar do tempo. Assim como Curtis, o fato de ter uma opção e um modo de vida diferente desta sociedade às vezes me causa um certo tipo de marginalidade moral e social.
Sei do que se trata: faço art nude e muita gente "rasa " se dá o direito de me aludir à vários estereótipos, dignos de seus "espelhos". Voltando à musica, as composições novas estão mais eletrônicas e complexas. Acho que cabe a você não? Como tem sido o desenvolvimento das sonoridades? Há uma alusão ao som mais antigo do Cocteau Twins com alguma coisa de eletrônico anos 80/90 - Brosnki Beat, Pet Sop Boys, Erasure e talvez um pouco de bizarrice experimental nacional. Estou certo?
Cada um no grupo tem uma responsabilidade, mas que fazemos em conjunto. Essa parte fica por conta minha com a ajuda de Fabiano e Marcelo. Há sim uma alusão ao eletrônico 80 e por incrível que pareça, também aos 90. Até porque o nosso intuito não é ser igual ou usar mids iguais, mas causar um som diferente e atualizado com o que temos agora no processo tecnológico. Fazemos pesquisas de mids novos, atualizações de synths e teclados entre outros.
Inclusive alguns vídeos sobre o processo de composição foram divulgados pela banda em sua página oficial. De quem foi a ideia e qual o objetivo. Além disso, qual a importância do retorno do Marcelo à banda?
A ideia vem já de longo tempo, mas não tínhamos em vista como fazer. Aproveitamos o fato de termos atualmente um home estúdio e mostrar para algumas pessoas que nos perguntavam como fazíamos para compor e gravar. O principal objetivo é interagir e nos achegar com aqueles que apreciam o nosso som. Marcelo é uma peça chave no projeto, assim como todos os integrantes. Por incrível que seja, não vemos como pôr outros no lugar até porque a essência da U.D são os integrantes. Somos um corpo e quando falta algum membro fica complicado se movimentar.
Cada um no grupo tem uma responsabilidade, mas que fazemos em conjunto. Essa parte fica por conta minha com a ajuda de Fabiano e Marcelo. Há sim uma alusão ao eletrônico 80 e por incrível que pareça, também aos 90. Até porque o nosso intuito não é ser igual ou usar mids iguais, mas causar um som diferente e atualizado com o que temos agora no processo tecnológico. Fazemos pesquisas de mids novos, atualizações de synths e teclados entre outros.
Inclusive alguns vídeos sobre o processo de composição foram divulgados pela banda em sua página oficial. De quem foi a ideia e qual o objetivo. Além disso, qual a importância do retorno do Marcelo à banda?
A ideia vem já de longo tempo, mas não tínhamos em vista como fazer. Aproveitamos o fato de termos atualmente um home estúdio e mostrar para algumas pessoas que nos perguntavam como fazíamos para compor e gravar. O principal objetivo é interagir e nos achegar com aqueles que apreciam o nosso som. Marcelo é uma peça chave no projeto, assim como todos os integrantes. Por incrível que seja, não vemos como pôr outros no lugar até porque a essência da U.D são os integrantes. Somos um corpo e quando falta algum membro fica complicado se movimentar.
Acho que para uma primeira parte ficamos por aqui. Está ficando ótimo!
Ótimo digo eu: qualquer coisa estou por aqui!
continua...





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