Brincar com o paradoxo, com aquilo que é ambivalente, vida e morte; como num jogo de amarelinha, percorrer "céu e inferno" pulando nas casas, mantendo-se no limite do equilíbrio, porque assumir o risco representa celebrar a vida ao contrário da rotina; monotonia mortificantes. Existe algo de misterioso e mágico na infância. O olhar infantil sobre o escuro, sobre a morte, sobre o universo de coisas que dá forma à vida… A tentativa de retornar à percepção da criança significa resgatar o sentido da existência como fábula.
Os retratos das "meninas mortas" são uma paródia da morte. Porque a morte não pode vencer aquele que não acredita nela. Começamos a morrer de fato quando incorporamos racionalmente a morte. Assassinamos a criança que existe dentro de nós quando a visão racional sobre a finitude da existência sobrepõe o mistério, a fantasia, o lúdico. A "menina morta" é a sabotagem do sentido de finitude, da idéia de vida ou morte como tragédia, pois a criança faz da morte um jogo inofensivo.
Portanto, retorno à infância para restituir o sentido lúdico e misterioso; negação da morte como esgotamento; colapso, para (RE)pensar a morte como fábula, mistério, simplesmente uma brincadeira infantil.
Então, me dou conta que neste processo de desafiar a morte, submeto minhas "meninas mortas" a um processo de "des-infantilização". Elas não são representadas como crianças comuns, frágeis. O olhar delas causa fascínio, espanto, até mesmo desconforto. São crianças sábias. Elas também expõem outro paradoxo: minhas "meninas mortas" estão mais vivas do que você, porque venceram a morte no momento que a transformaram numa brincadeira. Qual a lição? Acreditar no impossível é o caminho da rebelião. A chave da revolução pertence às crianças.
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texto e fotos de Alexandre Medeiros - https://www.facebook.com/dirty.ex.machina
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