Na abertura já percebemos quem fora Pablo Escobar Gaviria, pequenos minutos de um desenho animado mostram a concepção da cocaína e seu destino final. Logo, um homem é preso no aeroporto ao tentar embarcar.
Percebemos então que o filme não trata de um homem qualquer: Pablo Escobar fora o maior e mais rico traficante de drogas do mundo. No auge de sua “carreira” o governo colombiano oferecia 5 milhões de dólares por uma informação concreta que levasse a sua captura.
Pecados do meu pai (Pecados de mi padre, 2009) procura as origens de Escobar narrada através do filho que hoje mora em Buenos Aires. O intuito é entender até que ponto o tráfico de drogas ainda permanece influente na vida dele hoje e como as marcas do passado ainda estão enraizadas.
É interessantíssimo o rumo tomado de recapturar a triste história de violência, narcotráfico e terrorismo que assombrava a Colômbia no fim dos anos 80. Do ponto de vista político, muitos foram assassinados a mando de Escobar e dentre eles estava o candidato a presidência do país Luis Carlos Galan.
O filme não se mostra apenas como retrato de ódio e crueldades pelos quais Escobar era conhecido e busca sua influência na Colômbia e quando começa a ficar cansativo, adentram no enredo, 3 filhos de 3 vitimas importantes e conhecidas na Colômbia.

A partir daí, vítimas e algoz são retratados numa estrutura inteligente e o filme toma o rumo de colocar frente a frente o filho do traficante e os filhos das vitimas e é nítido que aquelas conversas foram as custas da produção: os personagens ficam nitidamente “sem graça” perante o olhar assíduo da câmera e a conversa não flui, mas ainda assim os diálogos se mostram com intenções de se excluir rancor e ódio inseridos desde a juventude.
O filme conta com ricas imagens de arquivos da captura e morte de Escobar em 1993, atentados contra seus lideres políticos e a guerra instalada na Colômbia. Do ponto de vista histórico é válido assistir...


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