quarta-feira, 20 de julho de 2016

Sem Foco



Não me considero fotógrafo profissional embora trabalhe no momento numa assessoria de imprensa. Em busca pelo auto prazer com a coisa, presto-me ao papel de realizador de suposta arte fotográfica utilizando matéria prima humana para tal.


Tenho outras fontes de renda e mal consigo sobreviver com foto: sou arredio, não busco e não tenho muitos contatos profissionais, detesto boa parte do que o universo fotográfico me empurra e sou antissocial ao extremo; edito/editei alguns blogs com fotos minhas, música e cultura alternativa em geral; o periódico de minha autoria em que mais me empenhei foi o extinto site www.minimaldevotion.com/, que funcionou durante uns seis anos - parte dos anos 90 e 2000 (assim como o ainda ativo blog o fez/faz) como espécie de portfólio meu e de outros artistas. Digamos que era tipo um diário cultural/existencial sem muita palhaçada.


Na fotografia eu curto erotismo, books, documentários diversos, shows musicais (acho teatro um saco)e fotojornalismo. Não curto e não sei fazer fotos de festinhas, casamentos, eventos sociais em geral, por pura falta de identificação, destreza técnica e prazer em realizar este tipo de foto (absolutamente nada contra quem vive disso e/ou pra isso).


Nos anos 90 ganhei alguns prêmios em concursos nacionais e, com certeza, o que mais me despertou orgulho, foi o terceiro lugar no tema Rock in Rio 3 por um Mundo Melhor na ocasião daquele evento. Era permitido levar um acompanhante para um resort de luxo na Barra - arredores do Festival - eu não tinha namorada, não curtia uma porrada de artistas do staff e levei um amigo meu pra zoar. Enchemos os córneos na piscina do tal prêmio durante a maior parte dos dias do evento.





















































Conforme destrinchado tantas vezes: meu trabalho de "arte" em si, durante um bom tempo, consistiu somente na abordagem de tribos urbanas e contextos sociais e étnicos: punks, bangers, góticos, neo hippies , indies de fato, garotas super tatuadas, garotas de programa, gays, lésbicas, trans, comportamentos diferentes e às vezes bem esquisitos... modelos anônimas da periferia e tudo que é mal interpretado e/ou passa despercebido. 

Não pertenço a nenhuma dessas tribos citadas, não ligo para moda ( também não tenho vínculo algum com esse universo) e penso que como carioca, suburbano, minhas vivências são mais sombrias do que qualquer um desses seres fantasiados por aí, assim como as vivências de todo bom brasileiro convencional e guerreiro buscador... mas sem arrogância, tenho amigos e sou bem chegado em alguns nichos undergrounds.

As coisas mudaram muito, andaram bem depressa: tem muito fotógrafo excelente no mercado e contrabalançando, um monte de jegue fazendo muita porcaria. Prefiro continuar levando a coisa de forma standbye, lucidamente, sem fazer besteira. Chega de viajar em egocentrismo. O que me move é a paixão...

Tem muita gente besta e maluca nesse meio. Vivemos uma crise sinistra e não vou deixar minhas convicções serem sobrepujadas. Talvez, quem sabe, algum dia...
















Não me considero fotógrafo profissional embora trabalhe no momento numa assessoria de imprensa. Em busca pelo auto prazer com a coisa, presto-me ao papel de realizador de suposta arte fotográfica utilizando matéria prima humana para tal.

Tenho outras fontes de renda e mal consigo sobreviver com foto: sou arredio, não busco e não tenho muitos contatos profissionais, detesto boa parte do que o universo fotográfico me empurra e sou antissocial ao extremo; edito/editei alguns blogs com fotos minhas, música e cultura alternativa em geral; o periódico de minha autoria em que mais me empenhei foi o extinto site www.minimaldevotion.com/, que funcionou durante uns seis anos - parte dos anos 90 e 2000 (assim como o ainda ativo blog o fez/faz) como espécie de portfólio meu e de outros artistas. Digamos que era tipo um diário cultural/existencial sem muita palhaçada.

Na fotografia eu curto erotismo, books, documentários diversos, shows musicais (acho teatro um saco)e fotojornalismo. Não curto e não sei fazer fotos de festinhas, casamentos, eventos sociais em geral, por pura falta de identificação, destreza técnica e prazer em realizar este tipo de foto (absolutamente nada contra quem vive disso e/ou pra isso).

Nos anos 90 ganhei alguns prêmios em concursos nacionais e, com certeza, o que mais me despertou orgulho, foi o terceiro lugar no tema Rock in Rio 3 por um Mundo Melhor na ocasião daquele evento. Era permitido levar um acompanhante para um resort de luxo na Barra - arredores do Festival - eu não tinha namorada, não curtia uma porrada de artistas do staff e levei um amigo meu pra zoar. Enchemos os córneos na piscina do tal prêmio durante a maior parte dos dias do evento.





























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