saiba a respeito:
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Assim como as demais instituições de arte, as cidades passaram por processos radicais de transformação. Entre os pontos de contato dos processos de transformação da arte e da cidade na modernidade estão as idéias e práticas urbanas visando a uma condição efetivamente pública da arte. Em paralelo ao museu, o espaço urbano aparece como lugar promissor onde a arte pode participar da construção da cidadania: tanto da educação cívica quanto da formação estética dos cidadãos. Se no museu logo se estabelece a oposição entre arte e instituição – a permanente tensão nas instâncias de poder, dentro e fora do circuito de arte –, a arte urbana renova-se na modernidade com a oposição entre arte e monumentalidade – a contínua problematização dos pressupostos celebrativos e miméticos inerente à tradição dos monumentos. Contudo, pinturas em fachadas, esculturas em praças são situações por si só insuficientes para caracterizar a experiência pública da arte, pois tanto os espaços coletivos são muitas vezes segregadores quanto a ocupação das ruas significa pouco diante das barreiras criadas historicamente entre a arte e o público. A questão da arte pública implica o estatuto de pintura, escultura, arquitetura e urbanismo como artes, e nas artes como elementos constitutivos de uma urbanidade democrática capaz de representar e fazer interagir os diferentes segmentos sociais.
Frente às ameaças de enquadramento do sistema, os artistas seguem tentando intervir, procurando brechas, interstícios no sistema, por onde penetrar e subverter sua lógica de domesticação. Grupos, movimentos, coletivos de artistas agem por meio de obras, intervenções, constituindo espaços alternativos, não-comerciais e não-opressivos, desejando converter os jogos propostos pelas instituições em jogos da arte, promovendo diálogos críticos com o público. Ou seja, uma guerra em andamento...
adaptado de texto do SENAC RJ
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