segunda-feira, 21 de outubro de 2013

James Natchwey - War Photographer - alguém precisava assumir esse papel

WAR PHOTOGRAPHER é um documentário maravilhoso sobre o fotógrafo norte americano James Nachtwey, lançado em 2001, abordando sua motivação, seus medos e sua rotina diária como fotógrafo de guerra. É impressionante imaginar como se pode pensar em "tempo de exposição", no exato momento de pavor? 

O autor suíço, diretor e produtor Christian Frei seguiu Nachtwey por dois anos em guerras na Indonésia, Kosovo, Palestina e até mesmo em conflitos sociais nos E.U.A. Christian Frei utilizou microcâmeras especiais ligadas a parte superior da câmera. 


Vemos um fotógrafo famoso olhando para o momento decisivo. Ouvimos cada respiração do mesmo. Pela primeira vez na história dos filmes sobre fotógrafos, esta técnica permitiu uma visão autêntica para o trabalho de um fotojornalista. Sem dúvidas o melhor documentário sobre fotografia que já assisti e dessa opinião a crítica especializada também compartilha.


Um filme sobre um homem tímido e comprometido, considerado um dos mais corajosos e importantes fotógrafos de guerra dos nossos tempos e que dificilmente se encaixa em clichês egocêntricos e questionáveis a la Sebastiões Salgados (entenderam né?). O documentário foi indicado ao Oscar na categoria de documentários.

Nnascido em Syracuse e criado em Massachusetts, formou-se na Dartmouth College, onde estudou História da Arte e Ciências Políticas (1966-70). Trabalhou a bordo de navios da Marinha Mercante e, enquanto aprendia a fotografar sozinho, exerceu as funções de estagiário de edição de filmes/documentários e motorista de caminhão.

As imagens da Guerra do Vietnã tiveram um forte impacto sobre Nachtwey e foram decisivas para a descoberta de sua vocação. No filme, ele recorda como, nos anos 1970, foi profundamente afetado pela famosa foto de Nick Ut, da menina vietnamita correndo nua e com a pele queimada após um ataque americano."Foi uma poderosa denúncia de guerra, da crueldade e da injustiça. Decidi seguir esta tradição".

Em 1976 começou a trabalhar como fotógrafo de jornais no Novo México e, em 1980, mudou-se para Nova Iorque para dar início a uma carreira como fotógrafo "free-lance" para revistas. O seu primeiro trabalho como fotógrafo internacional foi a cobertura do movimento civil na Irlanda do Norte em 1981 durante a greve de fome do IRA (Exército Republicano Irlandês). Desde então, James Nachtwey tem se dedicado a documentar guerras, conflitos e situações sociais precárias.

James Nachtwey abdicou de família, filhos e apegos sociais e é totalmente empenhado na profissão usando a fotografia ao longo de sua experiência como uma arma pacífica para documentar desigualdades e conflitos sociais.

A dificuldade que encontra em fazer com que as pessoas se interessem por seu objeto de trabalho também é mencionada por Nachtwey no documentário: "  Nos últimos anos, tem sido difícil convencer os editores a publicar fotos de sofrimento no terceiro mundo. Está cada vez mais complicado, pois a sociedade é obcecada por fotos de entretenimento, celebridades e moda."  Ele reconhece que perseguir a dor, a morte e a desgraça alheia pode ser uma forma de exploração e sensacionalismo. Mas a alternativa – permitir que a miséria humana permaneça clandestina e fora do alcance de uma ação – seria ainda pior.

Nachtwey é comparado a Robert Capa, sobretudo por ser um fotógrafo de guerra. Na década de 1990, cobriu os massacres de Ruandae a intervenção humanitária na Somália. Em 1989, tinha reunido no livro Deeds of War as suas fotos da guerra da Nicarágua, da luta do IRA, ações dos esquadrões de morte na América Central e da Guerra Civil do Líbano.

Realizou extensos trabalhos fotográficos em lugares tão diversos como El Salvador, Nicarágua, Guatemala, Líbano, a Margem Ocidental e Gaza, Israel, Indonésia, Tailândia, Índia, Sri Lanka, Afeganistão, Filipinas, Coreia do Sul, Somália, Sudão, Ruanda, África do Sul, Rússia, Bósnia e Herzegovina, Chechênia, Kosovo, Romênia, Brasil e Estados Unidos.

Fotógrafo da Revista Time desde 1984, esteve associado a Black Star de 1980 a 1985 e foi membro da agência Magnum de 1986 a 2001. Em 2001, foi um dos membros fundadores da agência de fotografia VII Photo. Fez exposições individuais no International Center of Photography em Nova Iorque, na Bibliothèque Nationale de France em Paris, no Palazzo Esposizione em Roma, no Museum of Photographic Arts em San Diego, na Culturgest em Lisboa, no El Círculo de Bellas Artes em Madrid, na Fahey/Klein Gallery em Los Angeles, no Massachusetts College of Art em Boston, na Canon Gallery e na Nieuwe Kerk em Amesterdã, no Carolinum em Praga, e no Hasselblad Center na Suécia, entre outras.

Em 2003, atuava como correspondente da revista Time em Bagdá e foi ferido por uma granada quando acompanhava uma patrulha dos Estados Unidos. Ficou internado inconsciente por alguns dias.

Recebeu diversos prêmios tais como o Common Wealth Award, Martin Luther King Award, Dr. Jean Mayer Global Citizenship Award, Henry Luce Award, Robert Capa Gold Medal (cinco vezes), o World Press Photo Award (duas vezes), Magazine Photographer of the Year (sete vezes), o International Center of Photography Infinity Award (três vezes), o Leica Award (duas vezes), o Bayeaux Award for War Correspondents (duas vezes), o Alfred Eisenstaedt Award, o Canon Photo essayist Award e o W. Eugene Smith Memorial Grant para Humanistic Photography. É um associado da Royal Photographic Society e Doutor Honorário de artes da Faculdade de Artes de Massachusetts.

fontes: Wikipedia e site oficial
http://www.jamesnachtwey.com

      making off:
     FULL -  enquanto durar: 


 O Cara: 

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