sábado, 1 de fevereiro de 2014

cine noia - end of watch

End of Watch - direção e roteiro de David Ayer -  acompanha uma dupla de policiais de Los Angeles em suas rondas: Jake Gyllenhaal e Michael Peña interpretam Taylor e Zavala. Usando câmeras de carros de polícia, handycams (justificadas por um "projeto" de um dos protagonistas) e algumas câmeras convencionais (que a edição tenta incorporar sem muito sucesso à rotação dos aparelhos efetivamente inseridos na história).
Os atores estão ótimos juntos e a espontaneidade da troca em seus diálogos no carro-patrulha - normalmente falando de sexo e relacionamentos - sugere que há muito material improvisado ali. É nas cenas de ação, com perseguição e tiroteios, porém, que o filme ganha relevância, já que constrói tensão com bastante competência. Nesses momentos, emprega também câmera em primeira pessoa. 

Esses filmes policiais geralmente tem final  previsível e ausência de uma trama melhor (criam-se vilões e situações que não vão adiante e terminam no vazio, como o caso do tráfico humano e o barracão de corpos), no entanto, prejudicam o que poderia ser o melhor dos filmes empregando essa estética.
Conhecido pelo roteiro de Dia de Treinamento , David Ayer tem um nome a zelar no que se diz respeito ao gênero policial. Após dirigir Tempos de Violência e Os Reis da Rua em Marcados para Morrer (o título em português para End of Watch) seu trabalho torna-se mais consistente: ainda que clichês do gênero emerjam, o filme conta com uma ação ininterrupta e uma trama tensa e bem interessante que te segura no sofá.

A câmera é praticamente um personagem da produção e inicialmente, pode incomodar pelas cenas frenéticas, que sugerem a visão subjetiva de um personagem filmando. Mas com o tempo, se acostuma e o filme acaba ganhando uma personalidade interessante. Salvo algumas tomadas aéreas de uma L.A. noturna(soturna?), quase todas as cenas são feitas com a câmera na mão, o que dá ao filme uma sensação de movimento permanente.




End of Watch retrata bem o departamento de polícia em seu ambiente: temos o cara de que ninguém gosta mas que por algum motivo é respeitado pelos chefes, a recruta inexperiente e aqueles que só querem bagunçar as coisas. Além do linguajar chulo e da defesa da uma ética da rua, Ayer consegue envolver com uma história tensa, muito tensa!




por Porão

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